Ninguém nos moldará de novo em terra e barro, Ninguém animará pela palavra o nosso pó Ninguém Louvado sejas, Ninguém Por amor de ti queremos florir Em direção a ti Um Nada fomos, somos, continuaremos a ser, florescendo: a rosa do Nada, a de Ninguém Com o estilete claro da alma, o estame ermo do céu, a corola vermelha da purpúrea palavra que cantamos sobre, oh, sobre o espinho
Paul Celan, "Sete Rosas Mais Tarde", Edições Cotovia, 1996
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