quarta-feira, 10 de julho de 2013

diário dos mesmos pesares #29


«Amo devagar os amigos que são tristes com cinco dedos de cada lado.
Os amigos que enlouquecem e estão sentados, fechando os olhos,
com os livros atrás a arder para toda a eternidade.
Não os chamo, e eles voltam-se profundamente
dentro do fogo.
 - Temos um talento doloroso e obscuro.
construímos um lugar de silêncio.
De paixão.»  

Herberto Helder, "Ou o Poema Contínuo", Assírio & Alvim, 2001

1 comentário:

Th.M. disse...

Apaixono-me depressa
e amo devagar todos os amigos!
Com uma paixão feita muito de silêncio!
Talentosamente feliz!