Até hoje foi sempre futuro #9
«Caminhávamos à beira-rio e éramos imensos. Gostava de saber agora bem o que éramos. Tínhamos a verdade toda porque não queríamos mais nada. E tínhamos a beleza porque estávamos contentes, mas não sabíamos bem de quê. Era um momento excessivo em que talvez Deus aparecesse. Era um desses instantes em que tudo oscila e é de mais e só é plausível matarmo-nos. Não havia em nós humanidade bastante, era plausível.»
Vergílio Ferreira, "Em Nome da Terra", Bertrand Editora, 1990
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