sexta-feira, 25 de abril de 2014

Chefe, precisamos de mentiras novas #25



«Não hei-de morrer sem saber
Qual a cor da liberdade.

Eu não posso senão ser
desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença
e sempre a verdade vença,
qual será ser livre aqui,
não hei-de morrer sem saber.

Trocaram tudo em maldade,
é quase um crime viver.
Mas embora escondam tudo
e me queiram cego e mudo
não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.»

Jorge de Sena, "Poesia 2. Fidelidade, Metamorfoses, seguidas de Quatro sonetos a Afrodite Anadiómena, Arte de música", Moraes Editores, 1978


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