segunda-feira, 16 de setembro de 2013

o poeta sabe menos que o poema #8


De Escuridão em Escuridão

Abriste os olhos – vejo a minha escuridão viver.
Vejo-a até ao fundo:
também aí é minha e vive.  

Poderá isso transpor? E transpondo acordar?
De quem é a luz que se atrela aos meus passos
para encontrar um barqueiro?  

Paul Celan, Sete Rosa Mais Tarde, Cotovia, 1993

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