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«Odiava, odiava, odiava o mundo. Odiava e evitava tudo o que existia, se movia e vivia. E então chegaste tu, fresco, tolo, desajeitado, insolente e com o aroma de emoções incorruptas em flor, e eu, como é natural, reagi com violência, mas assim que te vi sabia já que tu eras um esplêndido rapaz, caído do céu, enviado e oferecido, assim me parecia, por um deus omnisciente.»
Robert Walser, "Jakob van Gunten", Relógio d´Água, 2005
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