segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Não respire... (ou leituras em apneia) #1
domingo, 29 de novembro de 2009
a poesia não me interessa #10
sábado, 28 de novembro de 2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Toda a humilhação leva à morte #5
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
diário dos mesmos pesares #1
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
o homem da quarta-feira #15
terça-feira, 24 de novembro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Teoria da Conspiração #7 (ou a liberdade é escravidão)
domingo, 22 de novembro de 2009
Imediatamente embora pouco a pouco #1
sábado, 21 de novembro de 2009
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Orelhas de Elefante #9
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
o homem da quarta-feira #14
terça-feira, 17 de novembro de 2009
a poesia não me interessa #9
traz os cacos azuis debaixo da camisa.
Traz os cacos do mundo num cordão.
Ela sabe as palavras mas limita-se a sorrir.
Mistura o seu sorriso no cálice de vinho:
tens de o beber, para estar no mundo.
Tu és a imagem que os cacos lhe mostram
quando ela, pensativa, se inclina sobre a vida.
Paul Celan, "Sete Rosas Mais Tarde", Livros Cotovia, 1993
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
electrocardioTrama #3 (ou a actividade cardíaca da máscara)
domingo, 15 de novembro de 2009
espécie de oração particular #1
«Agradeço esta injustiça, esta afronta que me acordou, e cuja sensação viva me atirou para longe da sua causa ridícula, mas concedeu força e gosto pelo meu próprio pensamento, ao ponto de os trabalhos que executo terem beneficiado, enfim, da minha cólera; a investigação das minhas leis aproveitou com este incidente»
Paul Valéry, "O Senhor Teste", Relógio D'Água, 1985
sábado, 14 de novembro de 2009
Retrato de Família #7
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
o Mal-estar da Civilização #10
«Os especialistas da fome no mundo (há muitos e trabalham em conjunto com outros especialistas empenhados em fazer-nos acreditar que vivemos num reino de abundantes delícias, embora nenhuma “grande farra” se vislumbre...) vêm comunicar-nos os seus cálculos: o planeta será capaz de produzir a quantidade suficiente de cereais para que ninguém passe fome, mas o que é perturbante nessa visão idílica é o facto dos “países ricos” consumirem abusivamente metade dos cereais, só para alimentação do seu gado. Mas quando se conhece o gosto desastroso da carne que nos chega dos matadouros, proveniente de engorda acelerada à base de cereais, poderá falar-se de “países ricos”? Certamente que não. Não é para nos fazer viver no sibaritismo que uma parte do planeta tem de morrer à fome: é para nos fazer viver na lama. O eleitor, contudo, adora ser lisonjeado quando lhe lembram que o seu coração pode estar a ficar um pouco insensível - ele a viver tão bem enquanto outros países contribuem, à custa dos cadáveres dos filhos, stricto sensu, para que vá engordando. O que agrada ao eleitor, neste discurso, é ouvir dizer que vive como um rico. Sente-se bem a acreditar nisso.»
atribuído a Guy Debord, "Enganar a Fome", frenesi, 2000
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Toda a humilhação leva à morte #4
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
o homem da quarta-feira #13
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Teoria da Conspiração #6 (ou o cheiro da inconveniência)
domingo, 8 de novembro de 2009
sábado, 7 de novembro de 2009
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
o Mal-estar da Civilização #9
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
o homem da quarta-feira #12
terça-feira, 3 de novembro de 2009
a poesia não me interessa #8
Querida. Veio-me hoje uma vontade enorme de te amar. E então pensei: vou-te escrever. Mas não te quero amar no tempo em que te lembro. Quero-te amar antes, muito antes. É quando o que é grande acontece. E não me digas diz lá porquê. Não sei. O que é grande acontece no eterno e o amor é assim, devias saber. Ama-se como se tem uma iluminação, deves ter ouvido. Ou se bate forte com a cabeça. Pelo menos comigo foi assim. Ou como quando se dá uma conjução de astros no infinito, deve vir nos livros.Ou mais provavelmente esse tempo nunca pôde existir, que é quando realmente existe o que vale a pena existir.