«Embora ilusória, a existência de um domínio autónomo,
onde os homens eram criadores de si mesmos através das suas invenções científicas, das
suas criações ideais na ordem do pensamento, da representação, da pura imaginação ou
fantasia, baptizado tardiamente de cultura, representou nos últimos dois séculos aquela
espécie de substituto da transcendência que durante milénios tinha vivido sob a forma
do religioso. E, como era natural, a própria cultura se tornou a expressão, por excelência
sacralizante, da existência humana.»
Eduardo Lourenço, "O Esplendor do Caos", Gradiva, 1998
Eduardo Lourenço, "O Esplendor do Caos", Gradiva, 1998
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