«Leonard Cohen
Abandonou a música e entrou na décima arte chamada tristeza. Mas fazia mal à tristeza.
Quis aprender línguas e outras tarefas. Tornou-se o carpinteiro que fazia discursos demorados. Depois pegou numa cadeira, sentou-se, e repetiu alto: é um exercício sobre o movimento dos outros. Quando se confessava dava ordens ao confidente.
Só perdes a capacidade de ameaçar quando te apaixonas. O teu amado não tem medo de ti.
»
Gonçalo M. Tavares, "Biblioteca", Campo das Letras, 2004
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