«FAUSTO:
De ti, ó ígnea imagem, não me escudo!
Sou eu, sou Fausto, igual a ti em tudo!
ESPÍRITO:
Nas vagas da vida, vendavais de acção,
Me vês subir , descer,
Tecer fios neste pano!
Nascer e morrer,
Eterno oceano,
Alternando a trama,
A vida uma chama,
E sentado ao tear vibrante do Tempo
Teço à divindade o seu manto vivo.
FAUSTO:
Tu, que a vastidão do mundo envolves,
Génio da acção, que perto estou de ti!
ESPÍRITO:
Tu és igual ao espírito que entendes,
Não a mim! (Desaparece.)»
Johann W. Goethe, "Fausto", Relógio d'Água, 2003
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