domingo, 18 de outubro de 2009

Teoria da Conspiração #4 (ou a contabilidade periclitante)

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"A partir de 1899 Eastman não era só famoso. Era chefe eleitoral de uma zona importante, e cobrava fortes subsídios das casas de lampeão vermelho, das casas de jogo, das prostitutas das ruas e dos ladrões deste sórdido feudo. As associações consultavam-no para organizar mal-feitorias e os particulares também. Eis os seus honorários: quinze dólares por uma orelha arrancada, dezanove por uma perna partida, vinte e cinco por uma bala numa perna, vinte e cinco por uma punhalada, cem pelo negócio completo. Às vezes, para não perder o costume, Eastman executava pessoalmente uma encomenda."

Jorge Luis Borges, "História Universal da Infâmia", Obras Completas - Volume I, Teorema, 1998

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