«A música é, por sua vez, uma espécie de púlpito, com o seu espaço de ressonância próprio que, inabalavelmente, interfere no discurso. Pela altura em que escrevi os versos das canções de “Circa 1999” estava fortemente dominado pela leitura de “Igitur (A Loucura de Elbehnon)” de Mallarmé. Penso que isso se faz sentir. Foi uma leitura complexa para a qual tive de usar alguma dose de persistência, de forma a levar a bom termo a sua conclusão. O mesmo se tinha passado anteriormente com “O Idiota”, de Dostoievski, e mais tarde com “O Inominável”, de Beckett. No caso deste último, existe uma ausência de pistas sobre a identidade do narrador. É uma semifigura em constante metamorfose. E, por falar nisso, a primeira vez que contemplei um livro com um sentimento de terror foi aos 15 anos, quando li “A Metamorfose”, de Kafka.»
B Devlin, "A pop não-pop das margens", entrevista de Rui Eduardo Paes
1 comentário:
cresci escutando os seus tamancos prédio abaixo
tlum-tlum, tlum-tlum
(uma perna maior que a outra?)
ele no no 4ºesquerdo
eu no 3º direito
a assobiar
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