terça-feira, 5 de novembro de 2013

A revolução ficou atrás de nós #1


«Tomar consciência, e sempre de novo, de que estamos no fim da História, por forma que a maior parte das noções recebidas, a começar pelas da tradição revolucionária, devem ser reexaminadas e, tais quais, recusadas. Reconheçâmo-lo: Marx, Lénine, Bakunine, aproximaram-se e afastaram-se. Há um vazio absoluto atrás, como adiante de nós, e devemos pensar e agir sem assistência, sem outro apoio que não seja a radicalidade deste vazio. Ponhamos tudo em causa, incluindo as nossas certezas e esperanças verbais. A REVOLUÇÃO FICOU ATRÁS DE NÓS, objecto, já, de consumo e por vezes de gozo. Mas o que está diante de nós, e que será terrível, ainda não tem nome.»

Maurice Blanchot, Écrits Politiques 1953-1993, Paris, 2008 (Gallimard / Les Cahiers de la NRF), p. 204.

http://obeissancemorte.wordpress.com/2013/11/03/um-ensaio-de-antonio-bracinha-vieira-sobre-o-terror-do-capital-financeiro-a-biopolitica-e-o-futuro/

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