Vai chegar a manhã. A luz treme nos arbustos. Algas, seixos, limos guiam pelas fragas a água sem fundura, o ardor levantino do anil. Ouves correr poalhas de bruma? Silêncios do vento que renasce? Seguro na mão que não seguras uma lâmina de fogo, um erro de árvores e olhas-me. Pouso os lábios no teu pulso para sentir o coração. É tão perigoso ser feliz. Joaquim Manuel Magalhães, "Uma Luz com um Toldo Vermelho", Presença, 1990
1 comentário:
"Pouso os lábios..."
Aprecio. Quem dera!
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